Tropa do liderada pelo major Flávio Silvestre de Alencar, alvo de operação da PGR e da PF, poderia ter evitado ou minimizado invasão, diz denúncia. Sete militares foram alvo da ação, nesta sexta-feira (18).
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que resultou na prisão da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal mostra que a tropa liderada pelo major Flávio Silvestre de Alencar, alvo da operação da PF nesta sexta-feira (18), estimularam o ingresso de bolsonaristas radicais no Congresso Nacional, no dia 8 de janeiro.
“Caso Flávio tivesse formado uma barreira de proteção de acesso com o destacamento do Batalhão de Choque sob seu comando, os resultados lesivos teriam sido evitados ou, pelo menos, sensivelmente minimizados”, diz denúncia.
O major Flávio Silvestre Alencar está preso desde o dia 23 de maio. Mensagens de texto encontradas pela operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, mostram que o militar pediu para que policiais deixassem os manifestantes invadirem o Congresso Nacional antes do dia 8 de janeiro.
O documento da PGR diz ainda que os militares chegaram a sinalizar para que os radicais prosseguissem com a invasão. Segundo o relatório, a equipe de Flávio Silvestre “detinha capacidade de impedir os danos ocorridos especificamente dentro do Congresso Nacional”.
“Seus homens estimularam o ingresso de mais insurgentes que, momentos depois, depredariam o Congresso Nacional”, aponta relatório.